Quando olhamos para as dinâmicas familiares, é importante considerar muitos pontos e reconhecer que as escolhas individuais afetam as relações familiares.
Em espaços familiares, muitas vezes, os membros criam personagens para não bancarem a escolha de serem quem são. Vivem de acordo com expectativas impostas pelos outros, em vez de seguir seus próprios valores e desejos.
A “família” pode ser um lugar com ausências, com falta de comunicação e sem compreensão, podendo criar um vazio existencial, onde os membros se sentem perdidos e conectados apenas pelos laços consanguíneos.
No contexto sartreano, “má-fé” é quando evitamos nossa liberdade e responsabilidade, fingindo que somos impotentes diante das circunstâncias. Em algumas relações familiares, essa má-fé pode se manifestar quando os membros culpam uns aos outros sem assumir a responsabilidade por suas ações.
Sartre também introduziu o conceito do “olhar do outro”, sugerindo que muitas vezes nos vemos através dos olhos dos outros. Em alguns núcleos familiares, esse olhar crítico e julgador pode criar um ambiente de constante ansiedade e medo de desapontar.
as vezes é necessário se afastar
Ao nos depararmos com nossas dinâmicas familiares, devemos refletir sobre a importância da autenticidade, da responsabilidade e da liberdade de escolha que temos. Ao compreender esses princípios, podemos trabalhar para criar relacionamentos familiares, consanguíneos ou não, mais construtivos e autênticos.
Malu Alves Batista Mendes
Psicóloga – CRP 12/15483